No campo da Educação, costumamos chamar de recurso didático a “todo material utilizado como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a seus alunos” (SOUZA, 2007, p. 111). Assim, recurso é tudo aquilo que quem conduz o processo de aprendizagem dispõe para trabalhar determinado conteúdo. Vale para um quadro negro/branco, canetas, papel, equipamentos etc. A utilização de televisão, música, jornais, revistas, livros etc., quando bem planejada, também costuma ser bastante positiva.
No entanto, quando falamos em material didático a coisa muda de figura. Neste caso, falamos de todos os materiais que foram construídos – e só existem – para ensinar. O objetivo de uma apostila de sintaxe, por exemplo, é apenas ensinar sobre sintaxe. Se um profissional da área quiser ler sobre o assunto, provavelmente buscará por uma gramática normativa, nunca por uma apostila. Isso porque este tipo de material didático é construído para ensinar, usando estratégias específicas para isso (repetição de conceitos, atividades de reflexão etc.).
Assim, entendemos que o material didático “é um instrumento de trabalho na sala de aula: informa, cria, induz à reflexão, desperta outros interesses, motiva, sintetiza conhecimentos e propicia vivências culturais” (BRASIL, 1998). O valor de seu uso encontra-se no processo de ensino-aprendizagem.
E não se engane: o material didático traz muitos benefícios na hora de aprender! Vejamos alguns:
- Alinhamento dos conhecimentos que serão trabalhados;
- Aumento das possibilidades de aprendizagem;
- Orientação a tutores e aprendizes.
Há alguns materiais que são tradicionalmente utilizados como didáticos, dentre os quais podemos destacar:
- Apostilas;
- Apresentações em Power Point;
- Avaliações.
Mas na hora de elaborarmos estes materiais, temos muitas outras possibilidades! A criatividade é fundamental e as tecnologias digitais têm nos ajudado bastante nessa missão. Dessa forma, também podemos oferecer para tutores e aprendizes:
- Videoaulas;
- Vídeos Educativos;
- Cursos On-line;
- Infográficos;
- Mapas mentais;
- Podcasts;
- Etc.
Mas se você quer colher os frutos de um bom material didático, lembre-se de que ele deve estar em sintonia com a sua proposta pedagógica. De outra forma, sua elaboração irá gerar custos e sua utilização pode ser inadequada.
Na dúvida, converse com um profissional!
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais dos terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, DF: MEC/SEF. 1998.
SOUSA, Salete Eduardo de. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I Encontro de Pesquisa em Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de Pedagogia da UEM: “Infância e Práticas Educativas”. Arq Mudi. 2007.