Seguíamos todos nossa vida comum até o final da primeira quinzena de março de 2020. Tínhamos nossa vida pessoal em andamento e nosso trabalho. No entanto, fomos todos surpreendidos com uma emergência em saúde publica que nos obrigou a mudar completamente a rota que vínhamos seguindo.
O fato é que, de uma hora para outra, tudo mudou. Nossos filhos deixaram de ir à escola e passaram a estudar em casa; nossos médicos passaram a atender por telemedicina, nossos eventos de diversão tiveram que ser alterados e nossa forma de trabalhar mudou. Muitos de nós encontram-se em trabalho remoto (ou home office).
Para aqueles que não trabalhavam em home office, essa ainda é uma fase de adaptação. Muitos não tinham espaços organizados em casa, muito menos mentes organizadas para trabalhar nesse modelo. E agora, vejo amigos se perguntando quando tuto voltará a normalidade. E é esse o ponto: qual será o novo normal?
Sinceramente, não acho que voltaremos a viver a vida que tínhamos antes da pandemia do novo corona vírus e da temida covid-19. Acredito que passaremos a viver um novo mundo, no qual as atividades serão revistas e novos arranjos produtivos serão criados. Isso impactará todas as áreas, em especial, a área de gestão de pessoas.
Defendo que a área de gestão de pessoas será impactada porque certamente caberá a ela pensar alternativas de produção e apoiar as pessoas a se encontrarem em seu ambiente de trabalho nesse novo cenário. Mas será que a área de RH já está pensando em reestruturar a ela mesma?
Nossa especialidade na Recto é a área de treinamento. Trabalhamos com diversas organizações na elaboração de estratégias de capacitação, muitas presenciais. Como será a área de treinamento quando este momento de isolamento social acabar? Será que teremos a mesma disponibilidade das pessoas e das organizações para encontros presenciais? Será que o hábito de realizar reuniões virtuais não se consolidará a ponto de ser utilizado como um momento de desenvolvimento de pessoas.
Pessoalmente, aposto que veremos as seguintes mudanças:
- Redução do número de encontros presenciais.
- Aumento dos treinamentos por webinar ou vídeo conferência.
- Aumento do uso de atividades para estudo (o antigo ‘dever de casa’).
- Redução da educação a distância tradicional (autoinstrução, fóruns etc.).
- Aumento da oferta de vídeos instrucionais.
Com isso, precisamos redirecionar nossos esforços para o aumento da produção de vídeos, a realização de eventos mais curtos a distância em tempo real e a elaboração de atividades pedagógicas que possam ser realizadas pelo estudante em casa, acompanhado de correções em tempo real com o professor / instrutor.
E você? O que está pensando em fazer nessa área em sua empresa?